Os preços do açúcar fecharam com leves altas nesta terça-feira (19) nas bolsas de Nova Iorque e Londres, recuperando parte das perdas registradas nas sessões anteriores, quando as cotações caíram das máximas de dois meses para mínimas de uma semana diante das perspectivas de maior produção no Brasil.
Na ICE Futures, em Nova Iorque, o outubro/25 avançou 0,06 cent (+0,37%), negociado a 16,31 cents/lbp. O março/26 subiu 0,05 cent (+0,29%), para 17,01 cents/lbp. O maio/26 ganhou 0,04 cent (+0,24%), fechando a 16,73 cents/lbp, enquanto o julho/26 registrou alta de 0,03 cent (+0,18%), a 16,64 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o movimento também foi positivo. O outubro/25 encerrou a US$ 477,80 por tonelada, em alta de US$ 1,10 (+0,23%). O dezembro/25 subiu US$ 1,80 (+0,38%), para US$ 471,20 por tonelada. O março/26 avançou US$ 2,10 (+0,44%), cotado a US$ 473,90 por tonelada, enquanto o maio/26 ganhou US$ 1,60 (+0,34%), a US$ 473,50 por tonelada.
A volatilidade recente reflete a disputa entre fundamentos de oferta e demanda. Na semana passada, os preços atingiram os maiores níveis em dois meses diante das preocupações com a queda de produtividade da cana no Brasil. Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a produção do Centro-Sul somou 3,6 milhões de toneladas na segunda quinzena de julho, queda anual de 0,8%. No acumulado da safra 2025/26 até julho, a produção recuou 7,8%, para 19,26 milhões de toneladas.
Apesar da menor produtividade agrícola, a maior destinação de cana para açúcar vem limitando preocupações de oferta. A consultoria Covrig Analytics destacou que as usinas brasileiras estão priorizando o adoçante em detrimento do etanol, tendência que deve se manter no pico da safra. Na segunda quinzena de julho, 54,10% da cana foi direcionada à produção de açúcar, frente a 50,32% no mesmo período de 2024.