Após registrar fortes ganhos na sessão de sexta-feira (15), os preços do café trabalhavam em movimento de realização de lucros nas bolsas internacionais na manhã desta segunda-feira (18), recuando em mais de 1% em NY e Londres.
O mercado cafeeiro segue volátil, pressionado pela preocupação com a oferta e o clima.
Segundo relatório do Rabobank, desde o início de agosto os preços do café começaram a reverter a tendência de baixa observada desde março, e até o dia 13 de agosto o café arábica subiu 4% e o conilon 13% em relação a julho. “A valorização reflete a situação de estoques baixos, exportações abaixo do esperado em algumas origens e geadas leves a moderadas em algumas regiões, especialmente no Cerrado Mineiro, que geram preocupações sobre o potencial produtivo para próxima safra”, completou o documento.
Informações da Reuters apontam que os negociantes disseram que o mercado foi sustentado em parte por uma queda nos estoques certificados na bolsa, que caíram para o nível mais baixo em um ano, em torno de 720.000 sacas, já que os torrefadores procuram garantir suprimentos alternativos após a imposição de uma tarifa de 50% sobre as importações americanas de café brasileiro.
De acordo com o Cepea, a colheita de arábica está se aproximando do fim no Brasil, mas com rendimento menor que o esperado. Em Minas Gerais e parte do estado de São Paulo, há relatos de até 12 saquinhos para completar uma saca de café beneficiado de 60 quilos,
contra média de 7 a 8 saquinhos.
Perto das 9h30 (horário de Brasília), o arábica registrava queda de 465 pontos no valor de 337,00 cents/lbp no vencimento de setembro/25, um recuo de 545 pontos negociado por 328,75 cents/lbp no de dezembro/25, e uma baixa de 490 pontos no valor de 318,05 cents/lbp no de março/26.
O robusta trabalhava com perda de US$ 76 no valor de US$ 4,125/tonelada no contrato de setembro/25, um recuo de US$ 69 cotado pro US$ 3,998/tonelada no de novembro/25, e uma queda de US$ 64 no valor de US$ 3,879/tonelada no de janeiro/26.