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No Nebraska, chuvas regulares reduzem necessidade de irrigação na safra 2025

Nesta quinta-feira (14.08), a série América Clima e Mercado, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), percorreu o estado de Nebraska, nos Estados Unidos da América (EUA), e constatou que, neste ano, os produtores reduziram significativamente o uso de pivôs de irrigação devido às chuvas regulares. A equipe também avaliou as condições de solo e manejo na região, marcada por áreas arenosas que impõem desafios semelhantes aos enfrentados em Mato Grosso, mesmo em propriedades com irrigação.

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O proprietário da Fazenda JSMM, na cidade de Spalding, Brent Tenopir, explicou que o uso de pivôs de irrigação é mínimo na propriedade devido ao volume de chuvas registrado nesta safra, e destacou as estratégias adotadas para manter a fertilidade do solo. “Usamos muito pouco o pivô, o mínimo mesmo. É até difícil repor o nitrogênio sintético por conta do volume de chuvas que tivemos, mas fazemos de três a quatro aplicações em cada área. No solo, temos um bom programa de gestão e aplicação de dejetos. Usamos o esterco do nosso confinamento, uma ótima maneira de devolver nitrogênio para o solo. Fazemos análises de solo todo ano, no outono, e com isso sabemos quanto nitrogênio precisamos aplicar em cada área, e isso vai variar de safra para safra. Já usamos esse programa de aplicação há dez anos. Um dos desafios é que a areia cria uma espécie de camada mais dura, depois de anos ali, que dificulta a infiltração da água, que muitas vezes escorre sem ser absorvida pelas raízes. Estamos agora estudando maneiras de melhorar a retenção da água que usamos para irrigar estas áreas”.

O consultor da Aprosoja MT, Táimon Semler, observou que, nesta safra, a soja apresentou uniformidade de desenvolvimento mesmo em áreas de bordadura, onde normalmente há perdas significativas. Ele destacou ainda o uso do plantio direto sobre palha de milho e centeio como fator de preservação da umidade e melhoria da estrutura do solo. “Nós observamos que a soja normalmente, nas áreas de bordadura, nos outros anos, era uma soja de menor desenvolvimento, até mesmo por relatos dos produtores. Este ano nós temos uma uniformidade de desenvolvimento na lavoura, tanto que nós não conseguimos encontrar uma divisa nítida entre a área irrigada e não irrigada. Isso faz com que o produtor tenha uma expectativa de que a produtividade alcance patamares muito próximos, quando normalmente seria 33% ou 35% a menos de produtividade na área de bordadura, e este ano eles esperam uma produtividade muito semelhante em áreas como essa em relação à área irrigada,” disse Táimon.

O consultor da Aprosoja MT ainda ressaltou que os produtores do Nebraska têm adotado práticas adaptadas às condições de solo arenoso, semelhante às encontradas em algumas regiões de Mato Grosso. Entre essas estratégias, ele apontou o plantio direto sobre palha de milho e centeio como uma solução eficiente para preservar a umidade e proteger a estrutura do solo, garantindo melhor desenvolvimento das lavouras. “Aqui, os produtores do Nebraska, observando essa condição de solo que eles têm e as dificuldades dos solos arenosos, que nós também conhecemos lá no Brasil, estão adotando uma prática muito interessante, que é o plantio direto, para eles, uma tecnologia que para nós já está bem consolidada, sobre palha de milho. Logo depois do milho vem o centeio, e essa lavoura está nessa condição. Esse plantio direto com a palha do milho e do centeio tem tido um bom desenvolvimento e um bom poder tampão para a cultura da soja. Além disso, estando numa bordadura, o solo está úmido pela chuva, mas tem um alto teor de matéria orgânica, um grande diferencial. Também apresenta um teor maior de silte, o que dá uma capacidade de suporte muito maior para a cultura da soja, permitindo esse desenvolvimento e essa condição que estamos observando hoje”.

O diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol, fez um balanço das visitas no Nebraska, apontando as diferenças regionais e as semelhanças com os desafios enfrentados em Mato Grosso. Ele destacou que, mesmo em áreas irrigadas, existem limitações relacionadas ao tipo de solo, reforçando a importância de investir em manejo específico. “Percorremos todo o estado, passamos pelos solos mais estruturados na região sudeste, mais próximo de Iowa, onde sabemos que há alta produção de milho e de soja. E agora estamos na região centro-norte, onde vemos a variabilidade de solos, principalmente nesse talhão em que estamos, onde vemos um milho sofrendo com a estrutura do solo. É uma estrutura de solo arenoso e que não dá suporte para grandes desempenhos em produtividade do milho. Então vemos que temos pontos muito similares com o nosso estado de Mato Grosso, reforçando a importância do nosso centro de pesquisa em trazer resultados para cada talhão dos produtores lá. Enfim, mesmo em ambientes irrigados, como aqui nos Estados Unidos, vemos que também têm suas limitações, como solos com baixo teor de argila, trazendo limitações na produtividade, assim como no Brasil. E por isso, a importância de investir em trabalhos de manejo”.

A série América Clima e Mercado segue nesta sexta-feira (15.08) para o estado do Kansas, onde a equipe continuará o monitoramento de lavouras e as análises de produtividade.

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda