Os preços do café trabalhavam em lados opostos nas bolsas internacionais na manhã desta sexta-feira (15). Em NY, o arábica segue registrando ganhos, pressionado pela preocupação com o baixo rendimento da safra brasileira de 2025, enquanto o robusta recua em movimento de realização de lucros e ajustes técnicos, após registrar fortes ganhos nas sessões anteriores.
Segundo informações do portal internacional Bloomberg, o Vietnã (o principal produtor de robusta) está entrando na entressafra, quando a colheita é menor, limitando assim a oferta disponível. Já no Brasil, mesmo com uma safra recorde da variedade, os produtores continuam segurando os grãos, focando principalmente na entrega de contratos futuros.
De acordo com o Cepea, a colheita de arábica está se aproximando do fim no Brasil, mas com rendimento menor que o esperado. Em Minas Gerais e parte do estado de São Paulo, há relatos de até 12 saquinhos para completar uma saca de café beneficiado de 60 quilos,
contra média de 7 a 8 saquinhos.
Boletim do Escritório Carvalhaes destaca que as incertezas no mercado global de café com o tarifaço dos EUA, que desorganiza o comércio internacional de café, os estoques historicamente baixos, tanto nos países produtores como nos consumidores, o clima irregular e o equilíbrio precário entre produção e consumo mundial, continuarão levando os contratos futuros trabalharem com fortes oscilações diárias.
Perto das 9h20 (horário de Brasília), o arábica registrava ganho de 240 pontos no valor de 328,90 cents/lbp no vencimento de setembro/25, um aumento de 215 pontos negociado por 320,85 cents/lbp no de dezembro/25, e uma alta de 105 pontos no valor de 309,95 cents/lbp no de março/26.
O robusta trabalhava com o recuo de US$ 50 cotado por US$ 4,034/tonelada no contrato de setembro/25, uma queda de US$ 24 no valor de US$ 3,928/tonelada no de novembro/25, e uma perda de US$ 11 cotado por US$ 3,803/tonelada no de janeiro/26.