O novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) chega nesta terça-feira (12) e é um boletim bastante aguardado pelo mercado. Afinal, as lavouras norte-americanas da safra 2025/26 já estão em estágios mais avançados – principalmente o milho – e os números poderiam estar um pouco mais próximos da realidade.
Com isso, a produtividade acaba por ser um dos dados mais aguardados, já que são estimativas sobre elas que, nas últimas semanas, vem pressionando o mercado de forma considerável na Bolsa de Chicago, fazendo inclusive os futuros do milho a testarem os US$ 4,00 por bushel, e a soja a perder os US$ 10,00.
Na outra ponta, olhos vivos para as exportações. Com a China ainda ausente de compras nos EUA, as expectativas apontam para uma dimunição das vendas externas da oleaginosa norte-americana, ao mesmo tempo em que a procura intensa pelo cereal dos EUA pode puxar as exportações de milho para serem corrigidas para cima. Confirmadas exportações menores de soja, os estoques finais poderiam vir maiores, apesar do bom mometo do esmagamento no país.
EUA – PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE
Para a soja, as expectativas do mercado variam de 116,75 a 120,81 milhões de toneladas de produção, com média de 118,96 milhões. O número de julho foi de 117,98 milhões e a safra anterior foi de 118,62 milhões de toneladas. Sobre a produtividade, o intervalo das expectativas vai de 58,28 a 60,18 sacas por hectare. A média esperada é de 59,40 scs/ha que, se confirmada, será maior do que o trazido no reporte anterior, de 58,84 sacas. Na última temporada, a média produtiva da oleaginosa foi de 56,82 sacas por hectare.
Sobre o milho, o mercado espera uma safra de, em média, 406,19 milhões de toneladas, acima do projetado em julho, quando o USDA trouxe 398,93 milhões de toneladas. As expectativas oscilam de 398,93 e 414,63 milhões. No ano passadao, os EUA colheram 398,93 milhões de toneladas do cereal. As projeções para a produtividade do milho variam de 189,34 a 197,70 sacas por hectare, com média de 192,79. No boletim anterior, o rendimento do grão veio estimado em 189,34 sacas por hectares e, na safra passada, foi de 187,56.
O mercado espera ainda que a produção de trigo norte-americana fique em algo entre 51,14 e 53,07 milhões de toneladas, com a média esperada em 52,39 milhões. Há um mês o número foi de 52,5 milhões e, no ano passado, a safra totalizou 53,64 milhões de toneladas do cereal.
EUA – ESTOQUES FINAIS
Safra 2024/25 – As expectativas do mercado para os estoques finais da safra 2024/25 de soja dos EUA são de 8,3 a 9,66 milhões de toneladas, com média de 9,36 milhões. Confirmada a média, o número seria maior do que o de julho, de 9,53 milhões. De milho, os estoques finais são esperados entre 32,77 e 34,04 milhões de toneladas, com média de 33,48 milhões. Há um mês, o USDA estimou 34,04 milhões de toneladas.
Safra 2025/26 – Os traders também estimam os estoques finais da safra nova dos EUA de soja entre 8,44 e 11,32 milhões de toneladas, com a média em 9,77 milhões. No relatório anterior, o número veio em 8,44 milhões. Sobre o milho, o intervalo das expectativas é de 42,32 a 59,26 milhões de toneladas, com média de 48,67 milhões. Em julho, a estimativa do USDA foi de 42,17 milhões de toneladas.
MUNDO – ESTOQUES FINAIS
Safra 2024/25 – Os estoques finais globais de soja da safra velha são esperados em 125 milhões de toneladas na média das expectativas do mercado, as quais variam de 124,1 a 126,7 milhões de toneladas. No mês passado, o número foi de 125,1 milhões de toneladas. De milho, os estoques finais 2024/25 são esperados entre 282,6 e 290 milhões de toneladas. A média é de 285,6 milhões, levemente acima do número de julho de 284,2 milhões de toneladas.
Safra 2025/26 – Já os estoques finais mundiais da safra nova de soja podem ficar entre 126,5 e 129 milhões de toneladas, com média de 127,9 milhões. Há um mês, a estimativa foi de 126,1 milhões de toneladas. Para o milho, os números variam de 272,6 a 283,9 milhões de toneladas, com a média em 279,1 milhões de toneladas e o número do mês passado de 272,1 milhões de toneladas.