Embora ainda caminhando de lado, os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago inverteram o sinal e passaram a operar do lado positivo da tabela no início da tarde desta sexta-feira (1). Perto de 12h35 (horário de Brasília), os contratos mais negociados subiam entre 2 e 2,50 pontos, levando o setembro a US$ 9,72 e o novembro a US$ 9,91 por bushel.
Sem novidades, os preços continuam pressionados e trabalhando abaixo dos US$ 10,00 por bushel nos primeiros e principais vencimentos. A pressão maior vem da safra cheia que se desenvolve nos EUA, com condições de clima favoráveis no Meio-Oeste americano, ao passo em que a demanda por sua soja segue incerta.
China e EUA não fecharam um acordo sobre produtos agrícolas e esta falta de avanço é mais um limitador para as cotações na CBOT. O que não quer dizer, no entanto, que os chineses não têm demandado a commodity. Suas compras continuam concentradas no Brasil, passam em partes pela Argentina e assim vão rapidamente garantindo sua cobertura para os próximos meses.
Todavia, analistas e consultores acreditam que, em determinado momento, a China terá, por necessidade, que se valer da oferta dos EUA para estar adequadamente abastecida. A dúvida agora é de quando isso irá acontecer e qual impacto terá sobre as cotações da soja negociada na Bolsa de Chicago.