A terça-feira (22) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
De acordo com a análise da Agrinvest, o principal fator de pressão no mercado segue sendo as incertezas diante das relações comerciais internacionais.
“As incertezas em relação aos desdobramentos das tarifações de Trump e o encontro entre Estados Unidos e China que será apenas em meados de outubro trazem um cenário de cautela no mercado”, apontam os analistas.
O site internacional Farm Futures acrescenta ainda o peso negativo das perspectivas de grande produção de milho nos Estados Unidos para manter as cotações pressionadas na CBOT.
“A previsão climática do Centro-Oeste continua a indicar poucas ameaças à perspectiva de produtividade recorde. As previsões meteorológicas mostraram sinais de que o final de julho e o início de agosto seriam mais quentes e secos, mas parece que estamos de volta ao mesmo padrão de chuvas para os períodos de 6 a 10 dias e 11 a 15 dias”, relata a publicação citando o analista da StoneX, Matt Zeller.
As classificações semanais de safra que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou no final da tarde ontem, permanecem historicamente altas, reforçando ideias de que uma colheita recorde pode estar a caminho.
O vencimento setembro/25 foi cotado à US$ 3,99 com desvalorização de 4,5 pontos, o dezembro/25 valeu US$ 4,18 com queda de 4,25 pontos, o março/26 foi negociado por US$ 4,35 com baixa de 4 pontos e o maio/26 teve valor de US$ 4,46 com perda de 3,75 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (21), de 1,11% para o setembro/25, de 1,01% para o dezembro/25, de 0,91% para o março/26 e de 0,83% para o maio/26.
Mercado Brasileiro
Na Bolsa Brasileira (B3), os preços futuros do milho registram movimentações no campo misto e próximas da estabilidade nesta terça-feira.
Os analistas da Agrinvest destacaram que as cotações do cereal no Brasil tiveram influências de forças opostas ao longo deste pregão.
“De um lado o mercado foca na produção recorde de milho safrinha e na lentidão do programa brasileiro de exportação. Por outro, encontra dificuldades para originação do milho no spot diante do atraso da colheita”, explica a consultoria.
“Isso é o que tem mantido os preços do milho disponível mais firmes, embora o cenário não seja favorável para os preços no curto prazo, pois podem sofrer pressão de uma oferta ampla, além de alto custo logístico”, acrescentam os analistas.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
O vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 65,30 com alta de 0,35%, o novembro/25 valeu R$ 68,21 com ganho de 0,09%, o janeiro/26 foi negociado por R$ 72,10 com elevação de 0,03% e o março/25 teve valor de R$ 74,90 com queda de 0,13%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve poucas movimentações neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização apenas em Sorriso/MT e percebeu desvalorizações semente em São Gabriel do Oeste/MS e Itapetininga/SP.