Por Trevor Hunnicutt e Andrea Shalal
WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que poderá visitar a China em breve para uma viagem histórica em um momento de tensões comerciais e de segurança latentes.
“O presidente Xi me convidou para ir à China, e provavelmente faremos isso em um futuro não muito distante”, disse Trump aos repórteres no Salão Oval da Casa Branca.
“Um pouco mais adiante, mas não muito distante. E fui convidado por muitas pessoas, e tomaremos essas decisões em breve.”
A Reuters informou que os assessores de Trump e Xi discutiram uma possível reunião entre os líderes durante uma viagem do presidente dos EUA à Ásia no final deste ano, citando duas pessoas familiarizadas com os planos.
Embora os planos para uma reunião não tenham sido finalizados, as discussões em ambos os lados do Pacífico incluíram uma possível escala de Trump na época da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico na Coreia do Sul ou conversas à margem do evento de 30 de outubro a 1º de novembro, disseram as fontes.
Outra possível viagem seria para uma cerimônia em Pequim, em 3 de setembro, em comemoração ao 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o presidente russo, Vladimir Putin, planeja participar.
A Casa Branca e o governo chinês não quiseram comentar a reportagem anterior da Reuters.
Trump fez o comentário sobre o encontro com Xi durante uma reunião com o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., um importante aliado no Pacífico que Trump disse ter se afastado com sucesso da China, mesmo quando disse que não havia problema sobre os dois países manterem relações.
Trump tem procurado diminuir as tensões com Pequim nas últimas semanas, depois de interromper uma guerra tarifária que tem afetado o comércio global e as cadeias de suprimentos.
Trump procurou impor tarifas sobre praticamente todos os produtos estrangeiros, o que, segundo ele, estimulará a fabricação nacional e, segundo os críticos, tornará muitos bens de consumo mais caros para os norte-americanos.
Ele pediu uma taxa tarifária básica universal de 10% sobre os produtos importados de todos os países, com taxas mais altas para as importações de alguns países, incluindo a China. As importações da China têm a maior taxa tarifária, de 55%.
Trump estabeleceu o prazo de 12 de agosto para que os EUA e a China cheguem a um acordo tarifário duradouro.
Outros pontos de atrito entre os países incluem o apoio da China à Rússia, o comércio de produtos químicos relacionados ao fentanil, preocupações com a segurança regional e proibições de saída para alguns residentes norte-americanos.
((Tradução Redação São Paulo)) REUTERS AC