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Taxas americanas pouco devem afetar exportações de açúcar, mas preocupam setor de etanol

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As tarifas de 50% anunciadas pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros devem ter impacto limitado sobre as exportações de açúcar. Atualmente, o Brasil possui uma cota anual de 146,6 mil toneladas do adoçante que entram nos Estados Unidos sem tarifas adicionais. Acima desse volume, incide uma taxa de quase 80%. O principal fornecedor para o mercado norte-americano é o Nordeste brasileiro.

Desde abril, quando Trump iniciou o processo de imposição de tarifas a diversos países, o Brasil tem tentado usar essa cota como moeda de troca, especialmente no contexto do etanol, que também faz parte das relações comerciais entre os dois países. Neste caso, o etanol brasileiro enfrenta tarifa de 2,5% para entrar nos EUA, enquanto o etanol americano paga 18% para entrar no Brasil. Até então, o Brasil negociava o aumento da cota do açúcar em troca da redução da tarifa nacional sobre o etanol, um cenário que se altera com o novo anúncio.

Segundo Marcelo Di Bonifácio Filho, analista da StoneX, o Brasil é superavitário em etanol, exportando e importando volumes dos EUA. “Nos últimos anos, o país importou menos etanol americano devido à maior produção local, impulsionada pela safra de cana e pela expansão do etanol de milho”, explica.

Ele avalia que a tarifa de 50% imposta pelos EUA pode impactar as exportações brasileiras, mas que a menor disponibilidade para comercialização,em razão do aumento da mistura de etanol na gasolina de 27% para 30%, pode amenizar esse impacto. No longo prazo, segundo o analista, a força do mercado interno e o avanço em mercados como Europa, Japão e Sudeste Asiático podem compensar uma eventual perda de mercado nos Estados Unidos.

No entanto, uma tarifa recíproca por parte do Brasil complicaria o cenário. Em caso de oferta doméstica mais apertada, o país poderia precisar importar etanol anidro. “Esse é um ponto de atenção, pois poucos países produzem esse tipo de etanol. Ainda assim, há possibilidade de suprir a demanda com o etanol de milho, que vem ganhando espaço no Brasil”, completa o analista.

A possível necessidade de importação se soma a outro desafio, que é o baixo rendimento da atual safra de cana. Os canaviais sofreram com a estiagem e as queimadas ocorridas no ciclo anterior, impactos que são sentidos tanto na qualidade da cana colhida, quanto no tamanho da produtividade.

De acordo com o boletim De Olho na Safra, do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), a produtividade média em maio caiu 12%, de 91 para 80,8 toneladas por hectare. A qualidade da matéria-prima também recuou, sendo que o ATR na primeira quinzena de junho foi de 128,66 kg/t, queda de 4,37% frente a 2024. No acumulado da safra, o recuo é de 4,54%. Cenário que é destacado por João Baggio, diretor-presidente da G7 Agro Consultoria.

“Tenho visitado lavouras e os impactos são significativos. As perdas serão maiores do que imaginávamos, especialmente após a geada recente. Na minha região, entre Araraquara e Ribeirão Preto, a quebra ultrapassa 20% na produtividade por hectare. Essa é mais uma variável que precisa ser considerada na sustentabilidade do nosso setor, que enfrenta grandes desafios de gestão”, diz o consultor

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda