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Soja: Com déficit de oferta de ao menos 10 mi de t, mercado reserva boas oportunidades de negócios para o BR

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“Este mês de janeiro deverá ser ainda truncado de negócios, ninguém vai querer vender quase nada”, acredita o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting sobre o mercado da soja no Brasil neste início de ano. Embora o mercado e as cotações sigam firmes, 2021 começa com certa limitação para novas vendas, principalmente, por conta do avanço expressivo da comercialização da safra 2020/21 – na casa dos 60%, de acordo com a maior parte das análises – e das incertezas que ainda rondam as lavouras em boa parte das regiões produtoras do país. 

“O vendedor está querendo ver cotações entre R$ 170,00,m R$ 180,00 nos portos porque já viu isso em outubro, novembro, e como o mercado está agora entre R$ 154,00 e R$ 158,00, com chances de até R$ 160,00 para julho e agosto, faz com que o produtor agora espere. É um mercado de preços firmes, mas de poucos vendedores. A safra já está bem vendida, e esse movimento de vendas mais tímidas deve se estender também para o milho. É um mês de muita cotação e poucos negócios”, diz o consultor. 

Na Bolsa de Chicago, os futuros da oleaginosa deram um salto nestes primeiros pregões do ano. Até o fechamento desta matéria, com a sessão ainda em andamento, o contrato janeiro acumulava uma alta desde o último dia 31 de dezembro de 3,88%, passando de US$ 13,14 para US$ 13,65. No março, o ganho é de 4,21%, com a referência passando de US$ 13,07 para US$ 13,62 por bushel. 

Mais do que isso, análises dão conta de que o mercado tem espaço para subir ainda mais, podendo, inclusive, superar os recordes registrados em 2012. Há uma estimativa da Agrinvest Commodities de uma quebra na safra sul-americana da ordem de 14 a 15 milhões de toneladas. Durante o pregão desta terça, as altas entre as posições mais negociadas chegaram a ultrapassar os 50 pontos e sinalizar sua busca pelos US$ 14,00 por bushel. 

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No dólar, o quadro é semelhante. Ontem, a moeda americana fechou o primeiro pregão do ano com alta de mais de 1,5% – a maior em três semanas, fechando com R$ 5,27. Nesta terça-feira dá sequência aos ganhos e recupera o patamar dos R$ 5,30. 

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Complementando o cenário ideal para a formação de bons preços há ainda os prêmios positivos. As primeiras posições de 2021 – janeiro a maio – têm valores que variam de 55 cents a US$ 1,00 por bushel sobre os valores praticados ne CBOT na pedida dos compradores. Já entre os compradores, os valores variam de US$ 1,20 a US$ 1,40 sobre Chicago. 

Dessa forma, o mercado sinaliza que boas oportunidades estão por vir – haja vistas que a relação entre a oferta e demanda mundiais está cada vez mais ajustada -, com tempo e espaço para que a comercialização do que ainda resta da nova safra brasileira aconteça de forma saudável, com boas margens para os sojicultores em todas as regiões produtoras. 

“O mercado está muito promissor no médio e longo prazos. No curto prazo vemos que o mercado ainda continua precificando oscilações climáticas na América do Sul e especula a qualidade das lavouras no Brasil e Argentina, principalmente. E a longo prazo ainda vemos um desequilíbrio muito grande entre oferta e demanda globais”, explica Matheus Pereira, diretor da Pátria Agronegócios. 

Para a soja, esse desequilíbrio é estimado em cerca de 10 milhões de toneladas e para o milho, de 20 milhões. Ou seja, a demanda está 10 milhões de toneladas acima do que produziremos nessa safra 2020/21 entre todos os produtores mundiais. “E esse desequilíbrio tende a colocar preços mais altos tanto para soja, quanto para milho. Assim, o mercado é muito promisso e com viés de alta baseado  demanda. Independente se o Brasil tiver safra recorde ou não, a demanda está muito mais agressiva do que o aumento de produção deste ano safra”, conclui Pereira. 

Ao lado do mercado promissor e da safra já bem vendida, o produtor brasileiro também se dedica à conclusão do desenvolvimento de suas lavouras. As condições de clima ainda preocupam em algumas regiões e a nova oferta brasileira deverá chegar, de forma significativa, com bons volumes, com atraso ao mercado. Assim, o cenário exige estratégia, planejamento e escalonamento das próximas ações de comercialização. 

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da Aprosoja MT, Fernando Cadore, explica que a safra do estado, que é o maior produtor do Brasil, já apresenta um atraso de até 20 dias que já reduz a média de produtividade da oleaginosa. “Tivemos um delay no plantio, um atraso consequentemente na colheita, e alguma perda, mas que ainda é difícil de precisar e quantificar neste momento”, diz. 

Os trabalhos de colheita que acontecem neste momento no estado acontecem de forma apenas pontual, apenas em áreas onde o algodão será semeado para a segunda safra. Acompanhe a íntegra da entrevista de Cadore:

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No Paraná, de acordo com as últimas informações do Deral (Departamento de Economia Rural), as lavouras em condições boas subiram 1% na última semana, chegando a 79%. A leve melhora foi registrada devido a uma recuperação observada nos níveis de umidade do solo, mesmo com chuvas ainda não chegando adequadamente às áreas produtoras do estado. 

Leia Mais:

+ Condição da safra de soja 20/21 no Paraná tem leve melhora, diz Deral

 

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda